Acidente do Trabalho

Acidente De Trabalho: Tudo Que Devemos Saber Sobre

Descubra os tópicos relevantes sobre Acidente De Trabalho: Tudo Que Devemos Saber Sobre.

No Brasil, um acidente de trabalho ocorre a cada 45 segundos, conforme dados do Observatório Digital de Saúde e Segurança do Trabalho (SmartLab). Essa alta frequência pode ser reduzida com mais conscientização e prevenção.

Nesse artigo você vai:

1. O que é acidente de trabalho?

2. Diferença entre o conceito legal e o conceito prevencionista

3. Diferença entre doença do trabalho e doença profissional

4. Doença do Trabalho e Profissional

5. O que é acidente de trajeto

6. Comunicação do acidente

1. O Que é Acidente do Trabalho?

Conceito Prevencionista

Acidente de trabalho é qualquer ocorrência NÃO programada, inesperada ou não, que interfere ou interrompe o processo normal de uma atividade, trazendo como consequência isolada ou simultaneamente perda de tempo, dano material ou lesões ao homem.

Conceito Legal ou Previdenciário

Conforme dispõe o art. 19 da Lei nº Lei 8.213/91, “acidente de trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa ou pelo exercício do trabalho dos segurados referidos no inciso VII do art. 11 desta lei, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho”.

Ao lado da conceituação acima, de acidente de trabalho típico, por expressa determinação legal, as doenças profissionais e/ou ocupacionais equiparam-se a acidentes de trabalho. Os incisos do art. 20 da Lei nº 8.213/91 as conceitua:

2. Doença Profissional

 

Doença Profissional

 

Doença profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a determinada atividade e constante da respectiva relação elaborada pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social;

Exemplo: Orientadores das aeronaves nos aeroportos que adquirem surdez. Pois a doença está relacionada a sua profissão.

3. Doença do Trabalho

Doença do trabalho, assim entendida a adquirida ou desencadeada em função de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente, constante da relação mencionada no inciso I.

Exemplo: Se uma secretaria que trabalha no escritório deste aeroporto adquire surdez é um exemplo de doença do trabalho. Pois não está relacionada a sua profissão. Seria o caso se ela adquirir uma doença proveniente de digitar.

Como se revela inviável listar todas as hipóteses dessas doenças, o § 2º do mencionado artigo da Lei nº 8.213/91 estabelece que, “em caso excepcional, constatando-se que a doença não incluída na relação prevista nos incisos I e II deste artigo resultou das condições especiais em que o trabalho é executado e com ele se relaciona diretamente, a Previdência Social deve considerá-la acidente do trabalho”.

Equipara-se a Acidente do Trabalho

O art. 21 da Lei nº 8.213/91 equipara ainda a acidente de trabalho:

I – o acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única, haja contribuído diretamente para a morte do segurado, para redução ou perda da sua capacidade para o trabalho, ou produzido lesão que exija atenção médica para a sua recuperação;

II – o acidente sofrido pelo segurado no local e no horário do trabalho, em consequência de:

a) ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou companheiro de trabalho;

b) ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa relacionada ao trabalho;

c) ato de imprudência, de negligência ou de imperícia de terceiro ou de companheiro de trabalho;

d) ato de pessoa privada do uso da razão;

e) desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos ou decorrentes de força maior;

III – a doença proveniente de contaminação acidental do empregado no exercício de sua atividade;

IV – o acidente sofrido pelo segurado ainda que FORA do local e horário de trabalho:

a) na execução de ordem ou na realização de serviço sob a autoridade da empresa;

b) na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe evitar prejuízo ou proporcionar proveito;

c) em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo quando financiada por esta dentro de seus planos para melhor capacitação da mão de obra, independentemente do meio de locomoção utilizado, inclusive veículo de propriedade do segurado;

d) no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela, qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do segurado.

Nos períodos destinados a refeição ou descanso, ou por ocasião da satisfação de outras necessidades fisiológicas, no local do trabalho ou durante este, o empregado é considerado no exercício do trabalho.

Não são Consideradas Doenças do Trabalho:

a) a doença degenerativa;

b) a inerente a grupo etário;

c) a que não produza incapacidade laborativa;

d) a doença endêmica adquirida por segurado habitante de região em que ela se desenvolva, SALVO comprovação de que é resultante de exposição ou contato direto determinado pela natureza do trabalho.

Comunicação de Acidente do Trabalho – CAT

A Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) é um documento emitido para reconhecer tanto um acidente de trabalho ou de trajeto bem como uma doença ocupacional.

4. Acidente de Trajeto

 

Acidente de Trajeto

 

Aquele sofrido no deslocamento residência para trabalho vice versa e que venha a provocar lesão corporal ou perturbação funcional que cause a perda ou redução permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho ou em último caso a morte.

5. Comunicação de Acidente do Trabalho (CAT)

A empresa é obrigada a informar à Previdência Social todos os acidentes de trabalho ocorridos com seus empregados, mesmo que não haja afastamento das atividades, até o 1º dia útil seguinte ao da ocorrência.

Em caso de morte, a comunicação deverá ser imediata.

A empresa que não informar o acidente de trabalho dentro do prazo legal estará sujeita à aplicação de multa. (Conforme disposto nos Artigos 286 e 336 do Decreto 3.048/99).

Registro da CAT

Se a empresa não fizer o registro da CAT, o próprio trabalhador, o dependente, a entidade sindical, o médico ou a autoridade pública (magistrados, membros do Ministério Público e dos serviços jurídicos da União e dos estados ou do Distrito Federal e comandantes de unidades do Exército, da Marinha, da Aeronáutica, do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar), poderão efetivar a qualquer tempo o registro deste instrumento junto à Previdência Social, o que NÃO exclui a possibilidade da aplicação da multa à empresa.

Deverão ser emitidas quatro vias da CAT, sendo:

  • 1ª via ao INSS;
  • 2ª via ao segurado ou dependente;
  • 3ª via do sindicato de classe do trabalhador;
  • 4ª via à empresa.
Análise de risco em segurança do trabalho!

Análise de Risco em Segurança do Trabalho

Análise de Risco em Segurança do Trabalho: Compreendendo a Importância e Aprendendo a Executar

A segurança do trabalho é um aspecto crucial em qualquer ambiente laboral, especialmente em setores onde os riscos de acidentes são mais significativos.

Uma das ferramentas mais eficazes para promover a segurança e prevenir acidentes é a análise de risco. Neste artigo, exploraremos o que é análise de risco, sua importância e como realizar essa tarefa fundamental.

O Que é Análise de Risco?

Análise de risco refere-se ao processo de identificação, avaliação e priorização de riscos no ambiente de trabalho.

O objetivo é compreender potenciais perigos que possam comprometer a segurança dos trabalhadores e a integridade operacional da empresa.

Este processo é um elemento-chave na gestão de riscos e deve ser conduzido de maneira sistemática e contínua.

Importância da Análise de Risco

A análise de risco é vital por várias razões. Primeiramente, ela ajuda a prevenir acidentes de trabalho e doenças ocupacionais, garantindo um ambiente de trabalho mais seguro.

Além disso, contribui para a conformidade com legislações e normas regulamentadoras, evitando penalidades legais e reduzindo custos com indenizações e interrupções de trabalho.

Empresas que adotam práticas robustas de análise de risco também tendem a ter melhor reputação, atraindo e retendo talentos mais eficazmente.

Como Fazer Uma Análise de Risco?

A realização de uma análise de risco eficiente envolve várias etapas, descritas a seguir:

1. Identificação de Perigos

O primeiro passo é identificar os perigos existentes no local de trabalho. Isso pode incluir tudo, desde máquinas sem proteção até processos químicos perigosos.

A identificação de perigos é geralmente realizada por meio de inspeções no local de trabalho, entrevistas com os trabalhadores e revisão de informações sobre incidentes anteriores.

Exemplo prático: Em uma fábrica de metalurgia, a identificação de perigos pode revelar que o manuseio de materiais quentes sem equipamento de proteção adequado é uma prática comum entre os trabalhadores.

2. Avaliação de Riscos

Após identificar os perigos, o próximo passo é avaliar os riscos associados a cada um deles.

Isso envolve considerar a probabilidade de o perigo resultar em um incidente e a gravidade das consequências possíveis.

Exemplo prático: No caso da fábrica de metalurgia, a avaliação de riscos pode mostrar que a probabilidade de queimaduras graves é alta devido ao manuseio inadequado de materiais quentes.

3. Controle de Riscos

Com base na avaliação, medidas de controle devem ser implementadas para mitigar os riscos. Isso pode incluir a instalação de barreiras físicas, a melhoria de equipamentos de proteção individual ou a alteração de processos de trabalho.

Exemplo prático: Introduzir luvas resistentes ao calor e treinamento obrigatório sobre seu uso para todos os trabalhadores que manuseiam materiais quentes.

4. Monitoramento e Reavaliação

A análise de risco não é um processo estático; ela deve ser contínua. Os riscos devem ser monitorados e as medidas de controle reavaliadas regularmente para garantir sua eficácia e fazer ajustes conforme necessário.

Exemplo prático: Realizar revisões semestrais do uso de equipamentos de proteção e acidentes relacionados ao calor na fábrica para ajustar as políticas de segurança.

Conclusão

A análise de risco em segurança do trabalho é essencial para manter um ambiente de trabalho seguro e eficiente.

Ao identificar, avaliar e controlar os riscos de maneira eficaz, as empresas podem não apenas garantir a segurança de seus trabalhadores, mas também melhorar a eficiência operacional e a sustentabilidade a longo prazo.

Implementar um processo rigoroso de análise de risco é, portanto, uma das estratégias mais importantes para qualquer organização que valorize a segurança e o bem-estar de seus empregados.

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Como Melhorar seu DDS: Estratégias Eficazes e Temas Atuais

Descubra como melhorar seu DDS! O Diálogo Diário de Segurança (DDS) é uma prática fundamental nas rotinas de segurança do trabalho, especialmente em setores industriais e de construção.

Esta reunião rápida, geralmente realizada antes do início das atividades diárias, tem como objetivo conscientizar os funcionários sobre questões de segurança relevantes, reduzindo a incidência de acidentes e promovendo um ambiente de trabalho seguro.

A seguir, apresentamos algumas estratégias para melhorar seu DDS, com exemplos práticos e abordagens sobre temas atuais, incluindo a implementação de temas curtos e prontos.

Descubra fazer e/ou melhorar seu DSS com dicas práticas e objetivas para você implantar hoje mesmo. Veja neste artigo:

  • DDS de Temas Atuais
  • Como Melhorar o DDS
  • DDS Temas Curtos
  • DDS Pronto
  • Temas de DDS Atuais
  • DDS Primeiros Socorros
  • 10 Exemplos de DDS Curtos

1. DDS de Temas Atuais

É essencial que os temas abordados no DDS sejam relevantes e atuais para capturar a atenção dos colaboradores.

Temas como prevenção à síndrome de Burnout, incluindo: Fazer atividades que “fujam” à rotina diária, como passear, comer em restaurante ou ir ao cinema; Evite o contato com pessoas “negativas”, especialmente aquelas que reclamam do trabalho ou dos outros; Converse com alguém de confiança sobre o que se está sentindo; Faça atividades físicas regulares.

2. Como Melhorar o DDS

Para melhorar o DDS, é fundamental que o diálogo seja direto e envolvente. Utilize recursos visuais, como vídeos e infográficos, para ilustrar pontos críticos.

Por exemplo, ao discutir segurança na operação de empilhadeiras, um vídeo curto demonstrando o uso correto e erros comuns pode ser mais eficaz do que uma explicação apenas verbal.

Além disso, é importante que o facilitador do DDS esteja bem preparado e seja capaz de responder perguntas.

Treinamentos específicos para os facilitadores podem ajudar a tornar esses momentos mais dinâmicos e informativos.

3. DDS Temas Curtos

Temas curtos e diretos são mais fáceis de serem assimilados pelos trabalhadores.

Temas como “A importância do uso do capacete” podem ser tratados rapidamente, explicando as consequências de não utilizá-lo e mostrando estatísticas de acidentes relacionados à sua falta.

Mantenha o foco em uma única mensagem por sessão para evitar sobrecarga de informações.

4. DDS Pronto

Ter uma série de DDS prontos pode facilitar a rotina dos facilitadores e garantir que não haja repetições ou omissões de temas importantes.

Crie um calendário mensal de temas, preparando materiais de apoio e distribuindo-os aos responsáveis com antecedência.

Plataformas online podem ser utilizadas para armazenar e compartilhar esses materiais, garantindo fácil acesso e organização.

5. Temas de DDS Atuais

Além dos temas emergenciais, como questões de síndrome de Burnout, temas contínuos como estresse no trabalho, ergonomia, e segurança psicológica também são essenciais.

Abordagens modernas incluem discussões sobre o bem-estar mental, demonstrando o compromisso da empresa com a saúde integral dos seus colaboradores.

6. DDS Primeiros Socorros

O DDS sobre primeiros socorros é vital e deve ser realizado regularmente. Ensine técnicas básicas, como RCP (ressuscitação cardiopulmonar) e ação em casos de cortes ou exposição a produtos químicos.

Utilize manequins ou simulações para demonstrações práticas, o que pode aumentar significativamente a retenção de conhecimento e a prontidão para agir em casos de emergência.

Exemplos de DDS Curtos

Agora seguem 10 exemplos de temas curtos para Diálogos Diários de Segurança (DDS) que são eficazes e fáceis de implementar:

  1. Uso Correto de EPIs: Focar em um equipamento de proteção individual específico, como óculos de segurança, e discutir a importância de usá-los corretamente para prevenir lesões oculares.
  2. Prevenção de Quedas: Abordar medidas simples para evitar quedas em locais de trabalho, como a importância de manter os corredores livres de obstruções e usar calçados adequados.
  3. Hidratação Adequada: Destacar a importância de manter-se hidratado, especialmente em ambientes quentes ou durante trabalhos físicos pesados, e como isso pode prevenir problemas de saúde.
  4. Segurança com Ferramentas Manuais: Dicas rápidas sobre o uso seguro de ferramentas manuais, incluindo a inspeção antes do uso e a técnica correta de manuseio.
  5. Ergonomia no Escritório: Discussões breves sobre configurações ergonômicas de estações de trabalho, como ajustar a altura da cadeira e a posição do monitor para reduzir o risco de lesões por esforço repetitivo.
  6. Limpeza e Organização: Enfatizar a importância de manter o local de trabalho limpo e organizado para prevenir acidentes e melhorar a eficiência.
  7. Primeiros Socorros Básicos: Um rápido overview sobre como tratar cortes leves ou o que fazer em caso de um colega se engasgar.
  8. Respeito ao Sinal de Segurança: Reforçar a importância de obedecer à sinalização de segurança, como placas de “Piso Molhado” ou barreiras temporárias durante manutenções.
  9. Uso Adequado de Escadas e Escadotes: Dicas para verificar a estabilidade antes do uso, o posicionamento correto e a importância de não subir nos degraus superiores para evitar quedas.
  10. Prevenção de Incêndios: Informações rápidas sobre como evitar incêndios no local de trabalho, incluindo a disposição adequada de materiais inflamáveis e o uso correto de equipamentos elétricos.

Esses temas são práticos e podem ser abordados em sessões curtas, garantindo que as informações sejam absorvidas rapidamente e aplicadas de forma efetiva pelos colaboradores.

Conclusão

Melhorar o Diálogo Diário de Segurança não apenas aumenta a segurança no local de trabalho, mas também fortalece a cultura de segurança da empresa, engajando os funcionários de maneira significativa.

Ao incorporar temas atuais, melhorar a entrega do conteúdo, e garantir que os temas sejam tanto relevantes quanto práticos, as empresas podem reduzir significativamente os riscos de acidentes e melhorar o bem-estar geral dos trabalhadores.

Implementar essas práticas não é apenas uma questão de cumprimento normativo, mas um investimento no maior ativo de qualquer empresa: seus colaboradores

NR 15

Resumo NR 15: Atividades e Operações Insalubres

Tenha acesso aos tópicos importantes desta norma através de um resumo da NR 15 – Atividades e operações insalubres! Conteúdo Atualizado e Esquematizado, com destaques dos termos importantes.

Nesse artigo você vai aprender mais sobre:

1. Qual o percentual de insalubridade;

2. Quem determina a insalubridade;

3. Quais requisitos para trabalho sob ar comprimido;

4. Quais são as competências do empregador;

5. E muito mais…

Limite de Tolerância

Entende-se por “Limite de Tolerância“, para os fins desta Norma, a concentração ou intensidade máxima ou mínima, relacionada com a natureza e o tempo de exposição ao agente, que não causará dano à saúde do trabalhador, durante a sua vida laboral.

Adicional de Insalubridade

O exercício de trabalho em condições de insalubridade, de acordo com os subitens do item anterior, assegura ao trabalhador a percepção de adicional, incidente sobre o salário mínimo da região, equivalente a:

  • 40% para insalubridade de grau máximo;
  • 20% para insalubridade de grau médio;
  • 10% para insalubridade de grau mínimo;

DICA: O valor é fixado sobre o salário mínimo da região. Por exemplo, se o funcionário recebe um salário de R$ 2.000,00 e o salário mínimo da região e de R$ 1.300,00, o cálculo terá por base os R$ 1.300,00.

Nesse exemplo, se a insalubridade for de grau mínimo, o funcionário receberá R$ 130,00. Pois corresponde a 10% de R% 1.300,00.

No caso de incidência de mais de um fator de insalubridade, será apenas considerado o de grau mais elevado, para efeito de acréscimo salarial, sendo vedada a percepção cumulativa.

A eliminação ou neutralização da insalubridade determinará a cessação do pagamento do adicional respectivo.

Cabe à autoridade regional competente em matéria de segurança e saúde do trabalhador, comprovada a insalubridade por laudo técnico de engenheiro de segurança do trabalho ou médico do trabalho, devidamente habilitado, fixar adicional devido aos empregados expostos à insalubridade quando impraticável sua eliminação ou neutralização.

Ruído de Impacto

 

nr 15 resumo

 

a) Entende-se por ruído de impacto aquele que apresenta picos de energia acústica de duração inferior a 1 segundo, a intervalos superiores a 1 segundo.

b) Os níveis de impacto deverão ser avaliados em decibéis (dB), com medidor de nível de pressão sonora operando no circuito linear e circuito de resposta para impacto.

As leituras devem ser feitas próximas ao ouvido do trabalhador.

O limite de tolerância para ruído de impacto será de 130 dB (linear).

Nos intervalos entre os picos, o ruído existente deverá ser avaliado como ruído contínuo.

Em caso de não se dispor de medidor do nível de pressão sonora com circuito de resposta para impacto, será válida a leitura feita no circuito de resposta rápida (FAST) e circuito de compensação “C”. Neste caso, o limite de tolerância será de 120 dB(C).

Exposição ao Calor

A exposição ao calor deve ser avaliada através do “Índice de Bulbo Úmido Termômetro de Globo” – IBUTG definido pelas equações que se seguem:

Ambientes internos ou externos sem carga solar: IBUTG = 0,7 tbn + 0,3 tg

DICA: Para ambientes SEM carga solar, usa-se menor. Ou seja – IBUTG = 0,7 tbn + 0,3 tg

Ambientes externos com carga solar: IBUTG = 0,7 tbn + 0,1 tbs + 0,2 tg

DICA: Para ambientes COM carga solar, usa-se maior. Ou seja – IBUTG = 0,7 tbn + 0,1 tbs + 0,2 tg

Onde:

  • tbn = temperatura de bulbo úmido natural
  • tg = temperatura de globo
  • tbs = temperatura de bulbo seco.

EXEMPLO: Em um ambiente de trabalho com carga solar foi encontrado o tbn 25ºC, tbs 28ºC e tg 30ºC. Qual o IBUTG?

RESPOSTA: 25 x 0,7 + 28 x 0,1 + 30 x 0,2 = 17,5 + 2,8 + 6 = 26,3

IBUTG Médio ponderado

IBUTG MÉDIO

Ar Comprimido

 

condições hiperbáricas

 

O trabalhador não poderá sofrer mais que uma compressão num período de 24 horas.

Durante o transcorrer dos trabalhos sob ar comprimido, nenhuma pessoa poderá ser exposta à pressão superior a 3,4 kgf/cm2, exceto em caso de emergência ou durante tratamento em câmara de recompressão, sob supervisão direta do médico responsável.

A duração do período de trabalho sob ar comprimido não poderá ser superior:

  • 8  horas, em pressões de trabalho de 0 a 1,0 kgf/cm2;
  • 6 horas em pressões de trabalho de 1,1 a 2,5 kgf/cm2;
  • 4 horas, em pressão de trabalho de 2,6 a 3,4 kgf/cm2.

Após a descompressão, os trabalhadores serão obrigados a permanecer, no mínimo, por 2 horas, no canteiro de obra, cumprindo um período de observação médica.

Para trabalhos sob ar comprimido, os empregados deverão satisfazer os seguintes requisitos:

a)  ter mais de 18  e menos de 45 anos de idade;

b) ser submetido a exame médico obrigatório, pré-admissional e periódico, exigido pelas características e peculiaridades próprias do trabalho;

c) ser portador de placa de identificação, de acordo com o modelo anexo (Quadro I), fornecida no ato da admissão, após a realização do exame médico.

Em relação à supervisão médica para o trabalho sob ar comprimido, deverão ser observadas as seguintes condições:

a) sempre que houver trabalho sob ar comprimido, deverá ser providenciada a assistência por médico qualificado, bem como local apropriado para atendimento médico;

b) todo empregado que trabalhe sob ar comprimido deverá ter uma ficha médica, onde deverão ser registrados os dados relativos aos exames realizados;

c) nenhum empregado poderá trabalhar sob ar comprimido, antes de ser examinado por médico qualificado, que atestará, na ficha individual, estar essa pessoa apta para o trabalho;

d) o candidato considerado inapto não poderá exercer a função, enquanto permanecer sua inaptidão para esse trabalho;

e) o atestado de aptidão terá validade por 6 meses;

f) fazem caso de ausência ao trabalho por mais de 10 dias ou afastamento por doença, o empregado, ao retornar, deverá ser submetido a novo exame médico.

Vibração

Caracteriza-se a condição insalubre caso seja superado o limite de exposição ocupacional diária a VMB correspondente a um valor de aceleração resultante de exposição normalizada (aren) de 5 m/s 2.

Caracteriza-se a condição insalubre caso sejam superados quaisquer dos limites de exposição ocupacional diária a VCI:

a) valor da aceleração resultante de exposição normalizada (aren) de 1,1 m/s 2;

b) valor da dose de vibração resultante (VDVR) de 21,0 m/m/s 1,75.

Frio

As atividades ou operações executadas no interior de câmaras frigoríficas, ou em locais que apresentem condições similares, que exponham os trabalhadores ao frio, sem a proteção adequada, serão consideradas insalubres em decorrência de laudo de inspeção realizada no local de trabalho.

Umidade

As atividades ou operações executadas em locais alagados ou encharcados, com umidade excessiva, capazes de produzir danos à saúde dos trabalhadores, serão consideradas insalubres em decorrência de laudo de inspeção realizada no local de trabalho.

Poeiras Minerais

 

poeiras minerais

 

Cabe ao empregador, após o término do contrato de trabalho envolvendo exposição ao asbesto, manter disponível a realização periódica de exames médicos de controle dos trabalhadores durante 30 anos.

Estes exames deverão ser realizados com a seguinte periodicidade:

  • a cada 3 anos para trabalhadores com período de exposição de 0 a 12 anos;
  • a cada 2 anos para trabalhadores com período de exposição de 12 a 20 anos;
  • anual para trabalhadores com período de exposição superior a 20 anos.

Manganés e Seus Compostos

O limite de tolerância para as operações com manganês e seus compostos referente à extração, tratamento, moagem, transporte do minério, ou ainda a outras operações com exposição a poeiras do manganês ou de seus compostos é de até 5 mg/m3 no ar, para jornada de até 8 horas por dia.

O limite de tolerância para as operações com manganês e seus compostos referente à metalurgia de minerais de manganês, fabricação de compostos de manganês, fabricação de baterias e pilhas secas, fabricação de vidros especiais e cerâmicas, fabricação e uso de eletrodos de solda, fabricação de produtos químicos, tintas e fertilizantes, ou ainda outras operações com exposição a fumos de manganês ou de seus compostos é de até 1 mg/m3 no ar, para jornada de até 8 horas por dia.

Sílica Livre Cristalizada

O limite de tolerância, expresso em milhões de partículas por decímetro cúbico, é dado pela seguinte fórmula: 8,5 L.T. = mppdc (milhões de partículas por decímetro cúbico) % quartzo + 10 Esta fórmula é válida para amostras tomadas com impactador (impinger) no nível da zona respiratória e contadas pela técnica de campo claro.

A percentagem de quartzo é a quantidade determinada através de amostras em suspensão aérea.

O limite de tolerância para poeira respirável, expresso em mg/m3, é dado pela seguinte fórmula:

limite de tolerância para poeira respirável

Agentes químicos

Mercúrio

Insalubridade de grau máximo

Fabricação e manipulação de compostos orgânicos de mercúrio.

Operações diversas

Insalubridade de grau máximo

Operações com cádmio e seus compostos, extração, tratamento, preparação de ligas, fabricação e emprego de seus compostos, solda com cádmio, utilização em fotografia com luz ultravioleta, em fabricação de vidros, como antioxidante, em revestimentos metálicos, e outros produtos.

Insalubridade de grau mínimo

Fabricação e transporte de cal e cimento nas fases de grande exposição a poeiras. Trabalhos de carregamento, descarregamento ou remoção de enxofre ou sulfitos em geral, em sacos ou a granel.

Agentes biológicos

Relação das atividades que envolvem agentes biológicos, cuja insalubridade é caracterizada pela avaliação qualitativa.

Insalubridade de grau máximo

Trabalho ou operações, em contato permanente com:

  • Pacientes em isolamento por doenças infecto-contagiosas, bem como objetos de seu uso, não previamente esterilizados;
  • Carnes, glândulas, vísceras, sangue, ossos, couros, pêlos e dejeções de animais portadores de doenças infectocontagiosas (carbunculose, brucelose, tuberculose);
  • Esgotos (galerias e tanques); e
  • Lixo urbano (coleta e industrialização).

Insalubridade de grau médio

Trabalhos e operações em contato permanente com pacientes, animais ou com material infecto-contagiante, em:

  • Hospitais, serviços de emergência, enfermarias, ambulatórios, postos de vacinação e outros estabelecimentos destinados aos cuidados da saúde humana (aplica-se unicamente ao pessoal que tenha contato com os pacientes, bem como aos que manuseiam objetos de uso desses pacientes, não previamente esterilizados);
  • Hospitais, ambulatórios, postos de vacinação e outros estabelecimentos destinados ao atendimento e tratamento de animais (aplica-se apenas ao pessoal que tenha contato com tais animais);
  • Contato em laboratórios, com animais destinados ao preparo de soro, vacinas e outros produtos;
  • Laboratórios de análise clínica e histopatologia (aplica-se tão-só ao pessoal técnico);
  • Gabinetes de autópsias, de anatomia e histoanatomopatologia (aplica-se somente ao pessoal técnico);
  • Cemitérios (exumação de corpos);
  • Estábulos e cavalariças; e
  • Resíduos de animais deteriorados.

Grau de insalubridade

Conclusão

Você conheceu os tópicos relevantes da NR 15 – Atividades e Operações Insalubres.

Não deixe que o conteúdo extenso de segurança do trabalho impeça sua evolução! Acesse nosso resumo, o que mais aprova! Clique aqui

Como verificar a validade do extintor

Como verificar a validade do extintor

Como Verificar a Validade do Extintor de Incêndio: Um Guia Simples e Prático

A manutenção adequada do extintor de incêndio é crucial para a segurança em qualquer ambiente, seja ele residencial, comercial ou industrial. Uma das verificações mais importantes é a validade do extintor. Aqui está um guia passo a passo para ajudá-lo a verificar se seu extintor está dentro do prazo de validade e pronto para funcionar quando necessário.

Passo 1: Localize a Etiqueta de Informações

Cada extintor de incêndio deve ter uma etiqueta claramente visível. Esta etiqueta contém informações essenciais, incluindo o tipo de extintor, capacidade, instruções de uso e, o mais importante para nossa verificação, a data de fabricação e as datas de manutenções realizadas. A etiqueta geralmente está colada no corpo do extintor.

Passo 2: Verifique a Data de Fabricação

A data de fabricação é o ponto de partida para entender a validade do seu extintor. Normalmente, um extintor de incêndio tem uma vida útil recomendada de 5 a 12 anos, dependendo do fabricante e do tipo de extintor. Localize essa data na etiqueta para calcular se o extintor ainda está dentro do período de uso recomendado.

Passo 3: Confira as Inspeções e Recargas Anteriores

Além da data de fabricação, a etiqueta deve mostrar registros de inspeções periódicas e recargas. Esses registros são fundamentais porque, mesmo dentro da validade, um extintor precisa de manutenção regular. Verifique se as últimas manutenções foram feitas dentro do intervalo recomendado, geralmente anualmente.

Passo 4: Avalie a Condição Física

A validade não depende apenas das datas. Inspecione o extintor visualmente para quaisquer sinais de danos, como corrosão, amassados ou vazamentos. A presença desses problemas pode indicar que o extintor precisa ser substituído, mesmo que ainda esteja dentro do período de validade por data.

Passo 5: Consulte um Profissional se Necessário

Se você tem dúvidas sobre a interpretação das informações na etiqueta ou sobre a condição física do extintor, é aconselhável consultar um profissional qualificado em segurança contra incêndio. Ele pode oferecer uma avaliação detalhada e recomendar se o extintor ainda é seguro para uso ou se precisa ser substituído.

Lembrete Importante: Sempre assegure que todos os extintores estejam acessíveis e os funcionários ou residentes saibam como usá-los corretamente em caso de emergência.

Verificar a validade do extintor de incêndio é uma medida de segurança essencial que pode salvar vidas.

Com esses passos simples, você pode garantir que está preparado para agir efetivamente em uma situação de emergência. Mantenha a segurança em primeiro lugar e faça inspeções regulares parte da sua rotina de segurança.

Neste vídeo abaixo mostro o passo a passo na prática

Aprenda como atuar no dia a dia de segurança do trabalho com quem faz! Você vai aprender segurança do trabalho em: Gestão de pessoas, prevenção e combate a incêndio, gestão de EPI e entendendo os cenários. Clique aqui