perigo x risco

Diferenças entre risco e perigo

Entendendo as diferenças entre risco e perigo no Ambiente de Trabalho com exemplos práticos.

A segurança do trabalho é uma área crucial que visa proteger a saúde e a integridade física dos trabalhadores. Dentro deste contexto, dois conceitos fundamentais que muitas vezes são confundidos são “perigo” e “risco”.

Embora relacionados, esses termos têm significados distintos e entender suas diferenças é essencial para a implementação de práticas de segurança eficazes.

O Que é Perigo?

Perigo refere-se a qualquer fonte potencial de dano, lesão ou efeito adverso à saúde. Pode ser algo facilmente perceptível ou algo que requer conhecimento específico para ser identificado. Exemplos de perigos incluem:

  • Máquinas desprotegidas, que podem causar ferimentos;
  • Substâncias químicas, como ácidos e solventes, que podem ser tóxicas;
  • Instalações elétricas expostas, que representam riscos de choque elétrico.

O perigo é, portanto, uma condição ou situação com potencial para causar problemas, independentemente de essa possibilidade se concretizar ou não.

O Que é Risco?

Risco é a chance ou probabilidade de que uma pessoa seja prejudicada ou sofra efeitos adversos à saúde se exposta a um perigo. O risco é determinado pela combinação da probabilidade de ocorrência de um evento perigoso e da gravidade do dano ou da lesão que pode resultar. Alguns exemplos são:

  • Alta probabilidade de escorregamento em um piso molhado, resultando em quedas ou fraturas;
  • Exposição frequente a ruídos altos, podendo levar a perda auditiva;
  • Risco de incêndio devido ao armazenamento inadequado de materiais inflamáveis.

Assim, enquanto o perigo é a condição, o risco é a avaliação da exposição a essa condição.

Avaliando e Gerenciando Perigos e Riscos

A gestão eficaz na segurança do trabalho envolve a identificação de perigos e a avaliação de riscos associados, seguida pela implementação de medidas para controlar ou eliminar esses riscos. Isso pode incluir:

  1. Identificação de perigos: Realizar inspeções regulares e treinamentos para reconhecer os perigos no ambiente de trabalho.
  2. Avaliação de riscos: Determinar quem pode ser afetado e de que maneira, além de avaliar a probabilidade e a gravidade dos possíveis danos.
  3. Controle de riscos: Adotar medidas para minimizar a probabilidade ou o impacto dos riscos identificados, como:
    • Eliminação do perigo, quando possível;
    • Substituição de materiais ou processos por outros menos perigosos;
    • Implementação de barreiras de segurança ou dispositivos de proteção coletiva;
    • Uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs).

Conclusão

Compreender a distinção entre perigo e risco é crucial para a segurança no trabalho. Identificar os perigos e avaliar os riscos associados permite que as empresas implementem medidas de controle adequadas, protegendo assim a saúde e a segurança dos trabalhadores.

Esta abordagem não apenas previne acidentes e doenças relacionadas ao trabalho, mas também promove um ambiente de trabalho mais seguro e produtivo.

A imagem abaixo ilustra a distinção entre risco e perigo.

diferença entre risco e perigo

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Riscos Ambientais

Riscos Ambientais no Ambiente de Trablho

 

Conhecer os riscos ambientais é de fundamental importância para o profissional de segurança do trabalho, seja no exercício profissional ou para provas e concursos. Portanto, muita atenção a esse conteúdo.

Trarei os principais tópicos. Incluindo destaques e ilustrações, para facilitar seu aprendizado.

Os riscos ambientais podem ser físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e mecânicos (ou de acidentes).

Lembrando que a NR 09 apresenta apenas os três primeiros riscos, ou seja: Físicos, químicos e biológicos. Portanto, se for uma questão de prova, que cite a NR 09, são só eles.

Os outros dois existem e são muito importantes, apenas não estão expostos na referida norma.

Riscos Ambientais

Riscos ambientais são danos em potencial à saúde e integridade do colaborador classificados em: riscos físicos, químicos, biológicos, acidente e ergonômico.

1 – Riscos Físicos

Consideram-se agentes físicos as diversas formas de energia a que possam estar expostos os trabalhadores, tais como: ruído, vibrações, pressões anormais, temperaturas extremas, radiações ionizantes, radiações não ionizantes, bem como o infra-som e o ultra-som.

 

Riscos Físicos

 

2 – Riscos Químicos

Consideram-se agentes químicos as substâncias, compostos ou produtos que possam penetrar no organismo pela via respiratória, nas formas de poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases ou vapores, ou que, pela natureza da atividade de exposição, possam ter contato ou ser absorvidos pelo organismo através da pele ou por ingestão.

 

Riscos Químicos

 

3 – Riscos Biológicos

Consideram-se agentes biológicos as bactérias, fungos, bacilos, parasitas, protozoários, vírus, entre outros.

 

Riscos Biológicos

 

4 – Riscos Ergonômicos

Qualquer fator que possa interferir nas características psicofisiológicas do trabalhador, causando desconforto ou afetando sua saúde. São exemplos de risco ergonômico: o levantamento de peso, ritmo excessivo de trabalho, monotonia, repetitividade, postura inadequada de trabalho, etc.

 

Riscos Ergonômicos

 

5 – Riscos de Acidentes

Qualquer fator que coloque o trabalhador em situação vulnerável e possa afetar sua integridade, e seu bem estar físico e psíquico. São exemplos de risco de acidente: as máquinas e equipamentos sem proteção, probabilidade de incêndio e explosão, arranjo físico inadequado, armazenamento inadequado, etc.

 

Riscos de Acidentes

 

Etapas para avaliação de riscos ambientais

O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais deverá incluir as seguintes etapas:

a) antecipação e reconhecimentos dos riscos;

b) estabelecimento de prioridades e metas de avaliação e controle;

c) avaliação dos riscos e da exposição dos trabalhadores;

d) implantação de medidas de controle e avaliação de sua eficácia;

e) monitoramento da exposição aos riscos;

f) registro e divulgação dos dados.